Apesar das críticas da população, Querino garante que a nova sede Câmara estará pronta no meio do ano que vem

Desde que foi anunciado que a Câmara de Vereadores iria enfim construir sua sede própria, o presidente do legislativo frutalense o professor Querino François de Oliveira Vasconcelos tem sido alvo de sistemáticas críticas feitas pelos mais variados setores da comunidade.

Por isso, o Blog decidiu ouvir o professor para tentar entender o porquê mesmo em um momento econômico e politico tão conturbado, ele decidiu tocar em frente o projeto de construir a sede própria da Câmara de Vereadores.

O professor explicou que a obra só irá iniciar agora no final de 2018 porque se demorou cerca de um ano para que o projeto da construção fosse finalizado. Ainda afirmou que durante toda a sua gestão à frente da presidência da Câmara foi feita uma auditoria interna para que gastos desnecessários fossem cortados, o que possibilitou que quase todo o montante que vai ser utilizada para a construção da sede já esteja em caixa. “Houve um planejamento administrativo, consertamos nossas falhas e ainda não tivemos mais que pagar os salários dos vereadores afastados. Tudo isso gerou uma grande economia para os cofres da Câmara, o que nos possibilitou economizar um montante significativo que será revertido para custear essa obra”.



Querino também esclareceu que diferentemente do que se noticia nas redes sociais a obra da nova sede não vai custar 5 milhões de reais, segundo o presidente da Câmara a obra está orçada em 2 milhões e 100 mil reais. “Não iremos fazer uma obra faraônica, o prédio será funcional com energia fotoelétrica, possibilidade de reaproveitar a água da chuva, ou seja, será uma obra moderna, mas sem luxo e que vai gerar economia do dinheiro público no futuro”.

O professor ainda deixou a entender que na história política de Frutal, o Executivo e o Legislativo sempre tiveram uma relação promíscua, em que muitas vezes os vereadores deixavam de realizar o seu real papel que é fiscalizar os atos realizados pelos prefeitos. ”Muitas vezes é mais cômodo politicamente falando para o vereador apoiar o prefeito”.

Querino também deixou subentendido que a construção da sede própria marcaria uma espécie de “independência” do Legislativo frutalense. Durante a entrevista, o presidente da Câmara fez questão de enfatizar por diversas vezes que a divisão entre os poderes deve ser respeitada em uma democracia. “O dinheiro que conseguimos economizar não pertence ao Executivo, mesmo assim sempre que fomos solicitados ajudamos a Prefeitura. O salário de outubro dos profissionais da educação só foi pago porque repassamos cerca de 800 mil reais para o Executivo, além disso, ainda realocamos outros 100 mil reais para que a prefeitura tivesse condições de abastecer as ambulâncias da cidade”.

Questionado se o próximo presidente da Câmara irá dar prosseguimento a construção da nova sede, Querino, cujo mandato na presidência do legislativo se encerra agora em dezembro, foi enfático ao dizer que a próxima pessoa que ocupar a cadeira de presidente da Câmara terá a obrigação de concluir a obra. “Existe planejamento, existe recurso. Não vai acontecer de a construção ficar parada assim como vemos muitas vezes ocorrer em obras que são tocadas pela União, pelo o Estado e até mesmo pelo município”.

O professor ainda ressalta que mesmo com a obra, o Legislativo já repassou para a Prefeitura mais de um milhão e 200 mil reais. “Em época passadas foi devolvido no máximo um milhão”. Querino afirma que houve uma reunião na qual participaram 14 vereadores, um juiz, um promotor e funcionários da Câmara. E segundo ele, nessa reunião onde foi apresentado o projeto de construção da sede nenhuma pessoa ou vereador fez qualquer objeção a concretização da obra. “Essa reunião foi feita em outubro e lá todos concordaram que essa construção seria importante para a cidade”.



Outra polêmica que Querino tentou justificar é o fato de o porquê a Câmara não contratar uma empreiteira para ser a responsável por efetuar a construção do novo prédio. Lembrando que a obra ficará sob a responsabilidade do próprio legislativo frutalense, situação bastante incomum no nosso país, mas que não é proibido por lei. “Se a obra fosse tocada por uma empreiteira, ela ficaria 25 por cento mais caras, teríamos cerca de um milhão de gasto adicional. Além disso, as empreiteiras possivelmente também não iriam contratar mão de obra local tampouco poderíamos utilizar a mão de obra dos recuperandos da APAC, que além de cumprir uma função social importante também gerará uma redução de custo em relação a mão de obra”.

Contudo, Querino garante que a execução da obra não ficará apenas a cargo dos apaquianos e afirma que empresas de diversos setores serão contratadas para efetuar serviços como, por exemplo, a pintura do prédio, a instalação da parte elétrica e hidráulica, entre outros serviços que serão necessários. “O pessoal da APAC será utilizado apenas como mão de obra básica, porém empresas serão contratadas para serviços em que seja necessário um grau maior de especialização”.

Outra dúvida da população é o que será feito com todo o maquinário e equipamento que a Câmara irá adquirir para construir a sede própria. Segundo o professor esses materiais serão todos repassados para a Prefeitura. Por último, Querino responde se não tem medo que as contas da Câmara sejam rejeita pelo Tribunal de Contas já que muitos materiais que não fazem parte do dia a dia de uma casa de leis municipais serão adquiridos nos próximos meses. “Existe uma preocupação sim, mas erros normalmente acontecem quando não existe boa vontade. Então nós nos preparamos antes de iniciarmos a obra, fizemos cursos, estudamos a legislação, tudo para não cometermos nenhum erro”.

Abaixo você ouve a entrevista na íntegra e sem edições. A entrevista coletiva ainda conta com as participações da repórter Paola Silveira da 102 e o Willian de Aquino da 97:


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