Em 2017, todos os índices de vacinação de Frutal ficaram abaixo do que é considerado ideal pelo Ministério da Saúde
Os dados preocupam porque a meta
estipulada pelo Ministério de Saúde, atualmente, é de uma cobertura de 90% para
vacinas que protegem contra tuberculose e gastroenterite e 95% para as demais
—como as que protegem contra poliomielite, sarampo, hepatite e meningite.
O Ministério da Saúde considera
que, abaixo desse patamar, há risco de retorno de doenças devido ao acúmulo de
pessoas suscetíveis por não terem sido imunizadas.
Em Frutal, a doença que teve o
menor número de pessoas vacinadas foi a febre amarela com apenas 49% da meta
atingida. A BCG que é uma vacina que protege contra a tuberculose teve
cobertura de apenas 67%. A vacina que protege contra a hepatite B teve somente
72% de cobertura. Outra vacina que teve somente 72% de cobertura foi a
pentavalente que previne contra tétano, difteria, coqueluche. Por último outra
cobertura que ficou muito abaixo do considerado ideal pelos especialistas foi a
da vacina rotavírus que teve apenas 76% de cobertura no ano passado.
Para saber um pouco mais sobre o
porquê os índices de vacinação em Frutal estão baixos, o blog entrevistou por
e-mail a Secretária Municipal de Saúde Marília Martins que disse que essa não é
uma situação que está ocorrendo apenas em nossa cidade. “De modo geral, os
motivos são a existência de grupos antivacinas e noticias falsas sobre vacinas
na internet. E o fato de algumas vacinas estarem culturalmente vinculadas a
percepção de riscos. Quando se trata de doença erradicada a população tem mais
dificuldade de enxergar os seus perigos. Fatores como a erradicação de algumas
doenças podem passar uma falsa sensação de tranquilidade para pessoas que não
viveram epidemia ou surto".
Por causa desses baixos índices
de vacinação registrado em todo país, doenças consideradas erradicadas como o
sarampo voltaram a matar os brasileiros, em 2018 três pessoas já morrem no
Brasil vítimas da doença. Além disso, a poliomielite outra doença que era
considerada erradicada no nosso país voltou a assustar os brasileiros.
Para tentar reverter essa
situação que pode ser considerada crítica em nossa cidade, a Secretaria de Saúde planeja uma serie de ações nas próximas semanas. Estamos fazendo uma
busca ativa de faltosos, iremos realizar em 18 de agosto o “Dia D de vacinação”
e também temos a proposta da abertura das salas de vacinas em horários
alternativos”, destacou a Secretária Marília Gonçalves Martins.
Então você que ainda não se
vacinou e não vacinou o seu filho para de acreditar em tudo que lê no WhatsApp
e vá até a um posto de saúde mais próximo da sua casa.
Abaixo você lê trechos da
entrevista feita com a secretária Marília Gonçalves feita por e-mail.
Segundo o Ministério da Saúde a vacinação de crianças menores de um ano
teve seu menor índice de cobertura nos últimos 16 anos. Como está a situação em
Frutal? A Situação do Municipio de Frutal não é diferente das outras
cidades. Não estamos atingindo a cobertura preconizada pelo Ministério da
Saúde. A cobertura Vacinal em 2017: BCG: 67,41%
FA: 49,35 Hepatite B:72,25%
Meningite C:82% Pentavalente:72,25%
Pneumo10 87,67% Pólio: 78,27 Rotavírus:76,40%.
Na opinião dos especialistas da Secretaria da Saúde, o que vem
motivando essa certa resistência que alguns pais andam tendo de vacinar os
filhos? De modo geral, os motivos são a existência de grupos antivacinas e
noticias falsas sobre vacinas na internet.E o fato de algumas vacinas estão
culturalmente vinculadas a percepção de riscos. Quando se trata de doença
erradicada a população tem mais dificuldade de enxergar os seus perigos.Fatores
como a erradicação de algumas doenças podem passar uma falsa sensação de
tranquilidade para pessoas que não viveram epidemia ou surto.
Quais medidas estão sendo adotadas para que o número de crianças vacinadas
volte ao normal? A busca ativa de
faltosos, realização de “Dia D de vacinação” ,proposta da abertura das salas de
vacinas em horários alternativos, vacinação em creches, escolas, empresas,
divulgação da vacina nas redes sociais, rádios.
Quais doenças estavam erradicadas e correm o risco de voltar por causa desse
baixo índice de crianças vacinadas? Sarampo estava eliminado do país.
Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos, foram vivenciados surtos de
sarampo no país, sendo registrados em 2015, 211 casos da doença no Estado do
Ceará, 02 São Paulo e 01em Roraima, relacionado ao surto do Ceará. Como resultado
das ações vigilância, laboratório e imunizações, em 2016, o Brasil recebeu o
certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS,
declarando a região das Américas livre do sarampo. No período de 2016 a 2017,
não foi registrado nenhum caso da doença no país. Atualmente, o Brasil enfrenta
surtos de sarampo em dois estados (Roraima e Amazonas) com registro de 314
casos confirmados até semana epidemiológica (SE) 23.
Poliomielite foi eliminada do
país, porém há risco de reintrodução da doença devido a formação de bolsões de
não vacinados. Segundo o Ministério da
Saúde, no cenário global da poliomielite, dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) demonstram que em 2017 e 2018, foram registrados casos da doença somente
nos 2 países que são considerados endêmicos, Afeganistão e Paquistão;
No ano de 2018, até o dia 08 de
maio, foram registrados 08 casos da doença, sendo todos nos países endêmicos
(01 no Paquistão e 07 no Afeganistão).
Por conta desse baixo índice de vacinação, as vacinas contra as doenças
mais sérias ficam disponíveis nos postos de saúde o ano todo? Ou as vacinas são
distribuídas sazonalmente? As vacinas do calendário Nacional de Imunização
da rede pública sempre estiveram e estão disponíveis o ano todo nas unidades de
saúde.
A vacina de qualquer uma dessas doenças
traz qualquer risco a saúde da criança? Foi através da vacinação que
conseguimos erradicar a varíola e controlar diversas doenças, como a
poliomielite (paralisia infantil) e o sarampo. As vacinas promovem proteção com
segurança. Reações como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de
uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos
dessas reações temporárias. Todas as vacinas disponíveis na rede pública passam
por controle padrão de qualidade (ANVISA),
garantindo assim segurança.
Deixe por gentileza um alerta sobre a importância de manter o cartão de
vacinação em dia? Todo cidadão deve procurar a unidade mais próxima para a
atualização do cartão de vacinação.O risco de adoecimento da população deve ser
minimizado, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões de não vacinados.
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